
O Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) vai receber mais de 2,4 milhões de euros na sequência da aprovação de quatro projetos que candidatou a fundos comunitários, para a melhoria da eficiência energética.
Os projetos candidatados a financiamento, através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), receberam “luz verde” para avançar e, nesta altura, a instituição está a lançar os concursos públicos para as obras.
“As obras têm de começar no prazo de um ano. Nós já estamos a lançar os concursos e, se tudo correr bem, queríamos fazer as intervenções, aquelas que são mais rápidas, durante a pausa letiva e as mais demoradas iniciá-las nessa altura”, explicou hoje à agência Lusa o presidente do IPP, Luís Loures.
A dotação financeira global atribuída aos quatro projetos na área da melhoria da eficiência energética supera os 2,4 milhões euros, no âmbito do Investimento TC-C13-i02 – Eficiência Energética em Edifícios da Administração Pública Central.
De acordo com o IPP, o objetivo é implementar “melhorias significativas”, com impactos não só nos consumos de energia e consequentes benefícios económicos e ambientais, como no “bem-estar da comunidade académica”, dado que “é expectável” o aumento do conforto térmico nos edifícios abrangidos.
“O nosso objetivo é ter uma redução na fatura energética superior a 50%”, disse.
No entanto, Luís Loures alertou que esta redução na fatura não vai ter um “impacto direto” na despesa do politécnico, porque a redução será utilizada para “suportar o financiamento”.
“Nós continuamos a pagar o mesmo que pagávamos no período homólogo, no entanto, há uma redução do consumo que é a comparticipação para a candidatura”, explicou.
Os projetos aprovados visam intervenções diferenciadas no edifício 1 do Campus do IPP, na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, na Escola Superior Agrária de Elvas e na residência e cantina de Elvas.
A instalação de centrais fotovoltaicas e sistemas de gestão de energia para controlar os consumos, a substituição de portas e janelas por outras de melhor comportamento térmico e a troca das lâmpadas atuais por lâmpadas LED são algumas das medidas a implementar.
Além destas intervenções, o IPP indicou ainda que todos os sistemas de climatização vão ser substituídos, nos edifícios indicados, por equipamentos de “elevada eficiência energética”.
“É uma medida com impacto positivo do ponto de vista estratégico para o IPP, porque nós temos o objetivo de termos a curto prazo um campus que produza toda a energia que consome”, acrescentou.